segunda-feira, 18 de outubro de 2010

História da Nazaré

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Ficheiro:Drakskepp2.PNGNa Praia da Nazaré,as suas primeiras construções, umas pequenas barracas de madeira, erigidas datam do século XVIII, pois até esta época eram comuns os ataques de piratas, o que desaconselhava o povoamento da beira-mar.
A Praia originalmente não era conhecida como a "Praia da Nazaré, mas sim como "Praia da Pederneira".
Os piratas são aqueles que pilham no mar por conta própria,
Eles navegavam nas rotas comerciais com o objetivo de apoderarem-se das riquezas alheias, que pertencessem a mercadores, navios do estado ou povoações e mesmo cidades costeiras, capturando tudo o que tivesse valor (desde metais e pedras preciosas a bens) e fazendo reféns, para extorquir resgates. Normalmente esses reféns eram as pessoas mais importantes e ricas para que, assim, o pedido de resgate pudesse ser mais elevado.

Na Idade Média, a pirataria passou a ser praticada pelos normandos (que atuavam principalmente nas ilhas britânicas, França e império germânico, embora chegassem mesmo ao Mediterrâneo e ao mar Morto), pelos Muçulmanos (Mediterrâneo) e piratas locais.


Mais tarde esta difundiu-se pelas colônias europeias, nomeadamente nas Caraíbas, onde os piratas existiam em grande quantidade, procurando uma boa presa que levasse riquezas das colónias americanas para a Europa, atingindo a sua época áurea no século XVIII.
Do fim do século XVI até o século XVIII, o Mar do Caribe era um terreno de caça para piratas que atacavam primeiramente os navios espanhóis, mas posteriormente aqueles de todas as nações com colônias e postos avançados de comércio na área. Os grandes tesouros de ouro e prata que a Espanha começou a enviar do Novo Mundo para a Europa logo chamaram atenção destes piratas. Muito deles eram oficialmente sancionados por nações em guerra com a Espanha, mas diante de uma lenta comunicação e da falta de um patrulhamento internacional eficaz, a linha entre a pirataria oficial e a criminosa era indefinida.
As tripulações de piratas eram formadas por todos os tipos de pessoas, mas a maioria deles era de homens do mar que desejavam obter riquezas e liberdades reais. Muitos eram escravos fugitivos ou servos sem rumo. As tripulações eram normalmente muito democráticas. O capitão era eleito por ela e podia ser removido a qualquer momento.

Eles preferiam navios pequenos e rápidos, que pudessem lutar ou fugir de acordo com a ocasião. Preferiam o método de ataque que consistia em embarcar e realizar o ataque corpo a corpo. Saqueavam navios de mercadores levemente armados, mas ocasionalmente atacavam uma cidade ou um navio de guerra, caso o risco valesse a pena. Normalmente, não tinham qualquer tipo de disciplina, bebiam muito e sempre terminavam mortos no mar ou enforcados, depois de uma carreira curta, mas transgressora.

Nesta época o local estava incluído nos Coutos de Alcobaça, pelo que qualquer construção ali levantada necessitava da autorização do mosteiro de Alcobaça. A característica organização da malha urbana da Praia da Nazaré, com ruas paralelas entre si a acabar na praia, dever-se-á provavelmente a directrizes urbanísticas dos monges de Alcobaça.

A Praia da Nazaré é um bairro, à beira-mar, de uma das mais tradicionais vilas piscatórias portuguesas, a Nazaré possuindo a praia de banhos mais concorrida do litoral Oeste, onde ainda se podem encontrar, no areal, algumas mulheres vestidas com o tradicional traje de sete saias, a cuidar do peixe que seca ao sol, alinhado sobre estacas.


A praia de banhos, completamente integrada na área urbana pelo casario da marginal, é limitada a norte pelo promontório e a sul e pelo molhe do porto de abrigo, conservando no Verão as tradicionais barracas de lona com riscas de cores fortes. Banhada por um mar por vezes bravio e com ondulação forte, é ideal para a natação, o surf e o bodyboard.

1 comentário:

Unknown disse...

A Praia da Nazaré teve a sua origem no século XVIII, e as suas primeiras construções eram constituídas por umas pequenas barracas de madeira, a praia propriamente dita não era ainda conhecida nesse tempo por "Praia da Nazaré" mas sim por "Praia da Pederneira". Isto devia-se ao facto de até esta época, serem comuns os ataques piratas por via marítima nos seus navios mais conhecidos por "Bucaneiros ou Corsos"; estes frequentes ataques desaconselhavam o povoamento à beira-mar. Outra razão também muito importante era a de, o local estar incluído nos "Coutos de Alcobaça" pelo que qualquer construção ali levantada necessitava da autorização do Mosteiro de Alcobaça. à medida que as mesmas íam sendo autorizadas elas obedeceríam às directrizes urbanísticas dos monges de Alcobaça e daí, a sua presente característica organização da malha urbana da Praia da Nazaré, com ruas paralelas entre si a acabar na praia.
Presentemente, constituindo-se a Praia da Nazaré por um bairro, à beira-mar, de uma das mais tradicionais vilas piscatórias portuguesas, a Nazaré possui a praia de banhos mais concorrida do litoral Oeste, onde ainda se podem encontrar no areal, algumas mulheres vestidas com o tradicional traje de sete saias, a cuidar do peixe que seca ao sol, alinhado sobre estacas.
A praia de banhos, completamente integrada na área urbana pelo casario da marginal, é limitada a Norte pelo promontório e a sul pelo molhe do Porto de Abrigo, conservando no Verão as tradicionais barracas de lona com riscas de cores fortes. Banhada por um mar por vezes bravio e com ondulação forte, é ideal para a natação, o surf e o bodyboard.